Eu olho em volta e vejo todos os outros maiores que eu, seja em tamanho ou em força. Me sinto um estranho naquele meio. Mas então ouço 10 segundos e tento não pensar nisso. Depois do apito vou para a barra e começo a fazer meus movimentos tentando não perceber a velocidade que as outras barras batem no chão. Solto pra respirar e ouço meu maior apoio da torcida vindo nessa frase: “Bora franguinho! Eu não vim até aqui pra te ver descansar!”; respiro fundo e volto pra barra.
Essas são as lembranças que tenho da minha primeira prova individual em um campeonato de Crossfit. Era uma seletiva do TCB, já que na época não tinham tantas opções. Engraçado ver que não é algo muito diferente do que ainda hoje ouço como justificativa de alunos que não querem participar do Challenge. Mais ainda é o final, as pessoas dizendo que valeu a pena ter participado, que superaram a si mesmas… a mesma sensação que eu tive lá atrás.
A verdade é que quando você se expõe a algo novo, nunca mais volta a ser o mesmo; experimenta outras emoções, outro jeito de ver a vida e os desafios. Nisso eu te pergunto: por quanto tempo você vai deixar de lado o que é capaz de fazer por continuar fazendo apenas o que é confortável?
Mudar exige desconforto! É muito mais fácil ficar sentado no carrinho, ganhar tudo no choro, sem equilíbrio, sem responsabilidade… mas isso é ser bebê, não adulto! A vida é evolução, é enfrentar o que se põe na nossa frente. “Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio.” (2 Tm 1:7)
Você não foi feito para se esconder. Foi feito para se desafiar, crescer e inspirar. O desconforto é só o sinal de que você está indo além daquilo que já domina. Então eu te pergunto: por quanto tempo mais você vai se contentar em ser apenas confortável, quando pode ser extraordinário?
Shakespeare diria algo como “Não é digno de saborear o mel aquele que se afasta da colmeia com medo das picadas das abelhas.” Longe de mim falar que você tem que ter abelha em casa (rsrs), mas a questão é que você não pode e não deve se contentar em viver só uma parte da alegria, celebrar a conquista dos outros e não se colocar no desafio.
O medo é bom na evolução; mas a coragem é essencial.
O medo até pode te acompanhar. Mas que seja como passageiro, nunca como motorista.
Fique com Deus!
Um grande abraço,
Henrique Elias