Tenha controle do que importa

Nos últimos finais de semana tivemos os Semifinals do Crossfit Games. Pudemos ver algumas das pessoas mais condicionadas dentro do esporte disputando vagas para a final em Dallas.
Como é comum, algumas pessoas deixaram de ir por 1 ou 2 pontos, as vezes até mesmo um empate! Outros conquistaram na última prova sua classificação graças a uma combinação de resultados.
Isso me levou a lembrar de duas frases que trago comigo há muito tempo, uma dita por um treinador, “Não deixe na mão do juiz”; a outra pelo meu pai, “A vida é uma eterna colheita. O plantio é opcional, a colheita obrigatória”.
Você não perde um campeonato por conta de ter chegado três segundos atrás na última prova, é um acúmulo de todas as outras! Mais do que isso, é a coroação de todo o seu esforço e dedicação. Muitas vezes é aquele movimento que você sabia que tinha que melhorar, mas ele é tão chato, tão ruim pra você…
A “culpa” de subir no pódio não é do árbitro que te deu um NO REP que não existiu, ou ainda que validou um movimento inválido do outro, errou a contagem ou algo do tipo. A responsabilidade é sua que deixou nas mãos de outras pessoas a conquista que importava para você.
Isso não é (só) sobre Crossfit.
A sorte é o encontro da preparação com a oportunidade.
Você pode ter uma oportunidade incrível, mas não estar pronto e vice versa. Daí vem a ideia que o cavalo selado não passa duas vezes (mesmo que passe).
Não deixe o que é importante pra você fora do seu controle. Não chegue no final do corrida e se lamente por não ter feito um pouco mais antes, por não ter apertado o passo ou ter pulado aquele treino. Não lamente a falta de preparação ou a injustiça do mundo na decisão.
Quando você entrega tudo de si ao processo, sente a satisfação de ter dado o melhor. Ali você sabe que não era ainda “o seu cavalo”, mas continua pronto para quando for.
Poderia estender essa reflexão por horas, mas deixo que você pense onde está deixando na mão dos outros a “vitória” e onde o plantio não trará a colheita que você deseja.
Fique com Deus!
Um grande abraço,
Henrique Elias