A maior vantagem de participar de uma aula – e não apenas realizar um treino – é a presença de um professor na sala. Pode ter certeza de que seu treino não seria o mesmo se você tivesse que fazê-lo sozinho, sem um profissional dedicado a ensinar, observar e corrigir.
Um dos papéis do professor é garantir o que chamamos de padrão de movimento, um critério simples e individualizado para cada exercício. Por exemplo, no agachamento, é necessário que o quadril desça abaixo da linha dos joelhos e que você complete o movimento com total extensão. Na flexão de braços, o peito deve tocar o chão e, em seguida, os cotovelos precisam ficar completamente estendidos. No pull-up, os braços iniciam estendidos e o queixo deve ultrapassar a linha da barra. Todo movimento possui um padrão a ser seguido; a pergunta que fica é: você tem treinado conforme o padrão exigido?
Se esse requisito ainda não é algo que você consegue cumprir, o papel do professor se torna ainda mais fundamental: encontrar uma adaptação que esteja ao seu alcance para realizar exatamente o que se exige – o que conhecemos como “SCALE”: escalonar o treino, adaptá-lo. Aqui reside o segredo da evolução.
Seguir o padrão exigido não é capricho, mas uma questão de justiça. Em uma competição, todos devem cumprir as mesmas regras. No seu dia a dia, o padrão de movimento garante que você obtenha segurança, eficiência e resultados. Assim, quando seu professor disser: “Agacha mais, passe o queixo, bata o peito no chão…”, não se trata de uma mera chatice, mas do desejo sincero de vê-lo evoluir.
Executar os exercícios com intenção sempre trará melhores resultados do que realizá-los automaticamente.