Os fracos ficam pelo caminho

Tive a honra de poder estar na formatura do nosso aluno Igor no curso do Comando de Operações Especiais de SP, vê-lo receber a condecoração por ter sido o 3º da turma e ouvi-lo falar como orador dos formandos.
Na sua fala tiveram alguns pontos que chamaram a minha atenção e que vale a pena trazer para reflexão. O primeiro deles “a cada dia que passava, enfrentamos novos desafios e vimos os fracos saindo, ficando pelo caminho…”
Isso soa pesado, duro e um tanto rude no primeiro momento, mas talvez seja apenas a verdade. Quem não foi forte o suficiente para enfrentar as exigências do curso, saiu. Aqueles que não aguentaram a pressão, a saudade, o desgaste físico, o stress emocional… Ficaram para trás! E qual o erro de se referir como fraco?
Talvez porque doa ser chamado de fraco, ninguém gosta! Mas superar todos os seus limites, se colocar a prova e vencer também não é “gostoso”, mas recompensador. Temos a tendência de tentar amenizar a realidade para evitar conflitos ou algo do tipo. O problema é que muitas vezes isso nos afasta de enfrentar a verdade e conseguir ser melhor.
Se você tenta alcançar um objetivo e não consegue; tem todas as condições necessárias, mas mesmo assim ainda não consegue; depois de um tempo, desiste. Não seria uma fraqueza? Isso pode ser um double under, um pull up, agachar com a barra acima da cabeça ou o outra coisa. Veja que não estou falando de pessoas que possuem limitações físicas ou algo do gênero, apenas aqueles que tendo a possibilidade desistem.
Outra coisa que ouvi e me pegou: “No primeiro dia que o senhor falou, capitão, que os mais velhos sempre desistem eu disse pra mim que o senhor estava errado, eu não ia desistir!”.
Nem todas as pessoas vão te apoiar. Nem todas as coisas estarão a seu favor. As estatísticas podem apontar para o lado contrário, ainda que as possibilidades existam. Quem decide o seu destino, no fim do dia, é você. O livro Garra deixa claro que o talento não é determinante, mas a vontade, determinação e dedicação contam muito mais. 
Não foi a primeira vez que nosso amigo Igor passou nas provas e entrou no curso. Mas desta vez ele não ficou pelo caminho. Saiu com a sua tão sonhada caveira. Foi melhor que todas as suas desculpas e todas as vozes na cabeça.
Por último, a frase que acompanha os caveiras: “Que eu nunca envergonhe minha fé, minha família ou os meus camaradas.”
Dentro e fora do box você terá obstáculos. Enfrentar é uma opção, desviar também.
Você vai ter pessoas desacreditando da sua capacidade, dentro e fora do box. Já cansei de falar pra você ser o primeiro a acreditar e falar isso! A voz mais forte, que mais ressoa, ganha!
Não é sobre qualquer um. É sobre você, sobre o que você acredita e sobre aqueles que acreditam e lutam por você. Sua fé, sua família e seus camaradas.
Fique com Deus!
Um grande abraço,
Henrique Elias

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