Um dos maiores problemas da atualidade talvez seja o imediatismo. Se você tem por volta do 35 anos ou mais (assim como eu), lembra bem como era ter que enviar uma SMS pelo computador, saber das notícias apenas pela TV ou jornal impresso, depois ter que esperar meia noite pra entrar na internet, horas para baixar uma música…
Mas hoje, as coisas estão muito mais rápidas! Até as mensagens de voz já podemos ouvir em 2x! E o que isso traz? Pessoas ansiosas e que não sabem mais esperar, não conseguem viver o processo, aproveitar ele e entender que nem tudo é imediato!
É comum chegar alguém querendo se matricular, com objetivo de emagrecer tantos quilos ou ter um melhor condicionamento, mas depois de um mês reclamar que não está tendo resultados, ou está devagar!
Oh coração! Quanto tempo você demorou pra adquirir esse peso extra? Quantos anos passou sem exercícios? Agora você quer de um dia pro outro se comparar com quem já treina há meses ou anos? Desproporcional o resultado, não?
De outro lado temos pessoas que já treinam há algum tempo, alunos que estão se dedicando para conquistar determinado movimento, aumentar seu PR ou algo assim! Chega um dia que conquistam essa vitória! Finalmente aquele movimento é desbloqueado, a carga aumenta, o tempo do WOD diminui…
E quanto tempo se comemora? Com quanto vigor? Ou já coloca um defeito? “Eu fiz, mas não sei se consigo repetir”, “É, agora falta só fazer tal movimento”, “Nossa, finalmente estou um pouco menos pior…”
Sério? Pensa comigo: você manda alguém ficar trabalhando dias, meses, anos em cima de um projeto; quando ele fica pronto você fala “legal, toma o próximo”? Qual a motivação que isso proporciona?
Comemore suas conquistas! Fale, grite, toque o sino, mostre o vídeo pra todo mundo, conte até pra Angelinha na recepção! Sério!
Posso estar errado, mas talvez você tem dado muita luz pros seus defeitos e derrotas, mas pouco holofote para o que você é bom e conquista! Falamos disso semana passada.
Sua comemoração deve ser proporcional à sua dedicação! Assim como você faria se fosse outra pessoa…
Fique com Deus!
Um grande abraço,
Henrique Elias