Que língua você fala?

Certa vez eu fui apresentado a um livro que mudou muito meu jeito de encarar os relacionamentos no geral, simplesmente por colocar em uma perspectiva mais tangível algo que antes me parecia muito abstrato.

O livro As 5 Linguagens do Amor fala sobre como as pessoas se sentem amadas e como demonstram amor. Gary Chapman explica que isso pode acontecer por meio de cinco formas: Toque físico (abraço, carinho, mãos dadas), Atos de serviço (fazer a janta, ajudar com uma tarefa), Palavras de afirmação (você é incrível, realmente é bom nisso), Presentes (independente do valor) e Tempo de qualidade (distrações de lado, apenas você e a pessoa).

Segundo a teoria, não adianta você falar em alemão com alguém cuja língua primária é o português; a pessoa pode até compreender algumas coisas, mas será difícil, e a mensagem se perde. Observar como o outro demonstra amor é o caminho para entender sua linguagem e tornar o relacionamento mais leve e verdadeiro.

E o que isso tem a ver com o CrossFit? Bom… nem tudo é sobre CrossFit (rs), mas dá pra traçar um paralelo sobre como as pessoas podem ser estimuladas e incentivadas a ir além, conquistar seus objetivos e sair da zona de conforto.

Algumas se sentem motivadas quando alguém grita com elas; outras preferem quem fala com calma e dá instruções de descanso e trabalho; e há ainda aquelas que só precisam de um grande desafio para se manterem em movimento. Se você tentar estimular uma pessoa com o gatilho errado, pode não funcionar — ou até gerar o efeito contrário.

Estudos mostram que as pessoas se movem para fugir da dor (real ou imaginária, física ou emocional) ou para buscar prazer (que, muitas vezes, também vem acompanhado de dor).

Quando você entende o que alguém busca — ou do que tenta se afastar — e ajusta o estímulo certo, os resultados se tornam consistentes. E isso serve tanto para os outros quanto para você mesmo.

Sem propósito, até o melhor treino vira rotina. Sem clareza, qualquer caminho parece pesado demais.

“Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis.” (1Co 9:24-25)

O problema é que tem gente correndo sem saber por quê — e se perdendo no meio do caminho. Entender o que te move é tão importante quanto o movimento em si. Descubra o que te faz sair da cama, o que te empurra quando o corpo quer parar e o que acende o fogo dentro de você.

Porque, sem direção, até a força se torna desperdício.

Fique com Deus!

Um grande abraço,
Henrique Elias

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