Do seminário pra vida

Talvez isso seja novidade pra alguns ou lembrança pra outros, mas preciso começar com um ponto pessoal que carrego comigo até hoje. Há cerca de 20 anos eu entrei no seminário com a certeza que queria ser padre. Fui conhecer a vida religiosa e algum tempo depois acabei saindo (mas isso você já sabe, obviamente).
Aprendi muita coisas no tempo que passei lá, mas quero destacar duas lições que me marcaram muito e carrego até hoje, sempre que possível falo delas e acredito que sejam pontos de virada para muitas pessoas.
A primeira ouvi de um diretor que tive e é muito direta: “QUEM NÃO QUER, NÃO CRIA A SITUAÇÃO”. Simples né? Mas pense nela profundamente por um instante: se você está de dieta e não está comendo doces, por que teria eles em casa? Se não quer comer pastel, a melhor escolha é acompanhar um amigo que está indo na feira pegar um? Se você não quer se machucar, por que forçar um exercício de modo agressivo ou sem instrução?
Sim, você pode levar isso pra fora da academia, afinal não ouvi essa frase num box de Crossfit. Se você não quer ser infiel no relacionamento, não se coloque em situação! Não quer ser demitido? Não faça por onde. E assim por diante…
A segunda lição veio justamente quando decidi sair do seminário. Foi um divisor de águas… Um grande amigo e diretor espiritual me perguntou assim: “Você tem feito tudo que um seminarista deve fazer? Tem feito as tarefas, cumprido as obrigações, vivido a vida plenamente? Você tem sido o melhor? Ou você está deixando o que você chama de seminário?”
Sabe quando alguém te fala (ou você mesmo): “Eu não consigo emagrecer! Eu faço tudo certo e não funciona!”, será mesmo? Tem certeza? Ou você está fazendo bastante coisa mais ou menos, sem consistência pelo tempo necessário para ter resultado e está jogando pro alto dizendo que não funciona e que vai abandonar?
“Double Under não é pra mim”: sério? Você fez tudo que podia e chegou a essa conclusão ou parou no meio do caminho?
Tirando do box mais uma vez: você reclama do seu trabalho, mas tem sido o melhor no que faz? Tem feito tudo que você acredita que o funcionário modelo faria? No seu relacionamento, você reclama do seu cônjuge, mas você é o que chamaria do parceiro(a) perfeito(a)? O erro está todo do lado de fora ou você não tem sido tudo que deveria e está pensando em abandonar sem perceber que você é pela metade?
Leve isso não como um dedo apontado, mas como uma reflexão que espera fazer você crescer e ser melhor!
Mas só faça ela se estiver realmente disposto. Porque se não quer, não crie a situação.
Como está escrito: “Tudo o que tiver a mão para fazer, faça conforme as suas forças” (Ec 9:10)
Ou você está vivendo pela metade… ou está pronto pra entregar tudo!
Deus te abençoe!
Um grande abraço,
Henrique Elias

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