É impossível que você não esteja sabendo dos jogos olímpicos. Com certeza pelo menos uma notícia ou outra você acompanhou, espero inclusive que esteja torcendo pelos atletas! Mas hoje quero compartilhar algumas lições que já aprendi até aqui com esses jogos.
Em todo lugar você vê alguém falando que os atletas não tem apoio, temos mutirões para aumentar o número de seguidores e assim trazer mais empresas que se interessem em patrociná-los de alguma forma. A verdade é que isso é um reflexo da nossa realidade diária.
Seu amigo abre um negócio, mas você já compra de outra pessoa ou talvez ele cobre um pouco mais caro. Você termina seu treino e não pode incentivar o seu colega do lado, precisa correr pra pegar seu celular e ver se tem notificações; começa a guardar suas coisas e simplesmente ignora todos ao redor. Se você com pessoas que convive diariamente não apoia, por que acha que as empresas deveriam apoiar atletas que nem conhecem?
Em alguns esportes não existe disputa pelo bronze (como no boxe), ambos ganham. Em vários outros temos a final. É comum ouvir os comentaristas falando “a prata já é nossa, vamos atrás do ouro”. Por que a prata é nossa? Por que a prata não é deles? Por que esse pensamento negativo e de menosprezo consigo mesmo tão constante? Focar na meta é não olhar para o lado ou aceitar menos do que o topo!
Tivemos a Flavinha caindo no aquecimento da Ginástica, mesmo assim ela levantou, fez tudo que estava ao seu alcance e conquistou a medalha tão sonhada. Não importa quantas vezes você cai, mas o que você faz depois.
No BMX uma queda representa perda de pontos, então por mais que você vá muito bem, terá um desconto. Vi a atleta chinesa cair, se levantar e continuar sua série, mais arriscada do que talvez faria antes, para dizer (talvez): eu errei, mas sou capaz e poderia entregar tudo isso. A atleta americana caiu e, a despeito do público todo que queria vê-la em ação, abandonou sua série (duas vezes). Não julgo uma nem outra, mas o que você escolhe fazer quando não vai poder alcançar o que gostaria? Desistir e entregar os pontos ou lutar até o fim?
Ainda na ginástica, o técnico fica ao lado durante a execução da atleta nas barras assimétricas: não importa o quão qualificado você seja, quão longe você já chegou, aceite que pode ser necessário ter alguém ao seu lado, zelando por você e pronto para te salvar num momento de dificuldade.
É incrível como temos milhares de especialistas em tantas esportes, que julgam a atuação de atletas que se prepararam durante anos para competir entre os melhores do planeta! Mas o “Ronaldo” (nome fictício), sentado na sala de casa, tomando a sua Coca e comendo pipoca se acha no direito de falar: como erra um negócio desse? Cuidado para não dar ouvido para os “Ronaldos” da vida.
Fique com Deus!
Um grande abraço,
Henrique Elias