É um tanto engraçado que as pessoas não entendam a diferença entre hábito e vício. Da mesma forma que não entendem a correlação entre sorte e risco ou loucura e genialidade.
Neurologicamente falando, hábito e vício usam os mesmas esquemas para existir, porém usualmente chamamos de hábito algo que fazemos e temos “orgulho” e vício algo que é ruim, prejudicial ou que não gostamos de ter.
Algumas pessoas tomam atitudes de alto risco e são considerados “inspiradores, ousados”, porque o resultado foi favorável; outras tomam o mesmo tipo de atitude e são considerados “estupidamente imprudentes”. Mas o que separa eles são apenas os resultados e talvez o fator sorte.
Um atleta que aumenta o peso depois de errar uma repetição e acerta é chamado de gênio! O que erra é insano, imprudente! A mesma atitude, adjetivos diferentes para resultados diferentes.
A questão é que usualmente buscamos olhar para as pessoas que são “ponto fora da curva”, não refletimos tempo o bastante sobre o padrão para tomar uma atitude, enxergamos o que um fulano fez e deu certo.
Aí vem a questão que o fracasso alheio é fruto de más decisões, enquanto o nosso comumente é relacionado ao risco muito alto e por isso não deu certo.
De tudo isso o que fica para mim é: quanto menos sorte você precisa, menos risco você está correndo, porém menos ganhos tende a ter. O risco pode ser corrido desde que não te coloque no risco da ruína, ou seja, perder tudo que já conquistou até ali.
Deus te abençoe!
Um grande abraço,
Henrique Elias